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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

"Como Era Verde Meu Vale"

Emily Divino

Parecia tudo dar errado no sábado, o frio, o sofá e a cobertinha, estavam jogando no time do desânimo. Pronto, bastou um alerta e eles conseguiram deixar em casa, a menina que tantos planos havia feito. Claro, o time conta com a participação de outros jogadores, convida o irmão da garota para entrar em cena e com a principal carta da manga, o filme "Como Era Verde Meu Vale".
John Ford, diretor do longa, que preferiu seguir pela vertente dos faroestes, fez desse filme um clássico da década de 40. O personagem principal, Huw Morgan narra as memórias remanescentes de sua infância na casa de sua família. Cenário fabuloso, País de Gales torna-se ainda mais bonito. Valores como integridade e honestidade têm grande enfoque. A família protestante do protagonista se vê cortejada e também apedrejada pelos habitantes da comunidade, que eram extremamente moralistas. O filme retrata dois vales antagônicos, por um lado, um vale harmônico, que as coisas funcionam bem, onde valores como a moral e a fé fazem parte da família, por outro lado, mostra um vale, na qual a degradação, a miséria e o egoísmo são unânimes na sociedade. E é a mina de carvão que separa esses dois vales.
O diretor futurista, já fazia do seu filme uma espécie de analogia com a modernidade. O vale funcionava bem quando tinha emprego e comida para todos, bastava alguma "crise" ocorrer, para as bases desmoronarem e para um rebelar-se contra o outro.
Existe um ar pessimista e indagador, mas "Como Era Verde Meu Vale" é um ajuntamento de saudosas memórias, que no decorrer do longa-metragem se confundem, tornando o protagonista não tão fictício assim, o que dá a idéia das lembranças serem mesmo do próprio diretor.
Já era domingo quando o filme acabou, a menina comovida com a beleza e sensibilidade do drama, havia esquecido de todos os planos frustrados de sua noite e fora dormir feliz.

1 Comentários:

Blogger Fernanda Frozza disse...

A associação pode parecer estanha, mas essa história me fez lembrar uma música do Racionais.

"(...)o mundo é diferente da ponte para cá". É assim que o Mano Brown fala sobre o Capão Redondo e retrata o contraste de vida antes e depois da ponte João Dias.

8 de outubro de 2008 às 20:32  

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