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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Abastecendo as ruas e nosso ego

Paula Capobianco


Meta do ano: comprar meu carro! Mas não andam dizendo que o excesso de carros, principalmente na cidade de São Paulo, está levando o paulistano a loucuras? E quanto à emissão de gases? Você vai contribuir com mais essa? Puro capricho e vaidade ou afinal você trabalha, junta seu dinheiro e também quer o mínimo de conforto para ir trabalhar? Desde os primórdios da urbanização da paulicéia desvairada o homem já visava vias para os transeuntes motorizados percorrerem com livre acesso de uma ponta a outra das “marginais” do que antes era apenas um rio chamado Tietê. Um rio que possuía suas curvas e contornos naturais, mas que por ironia do destino atrapalhava de alguma forma o fluxo veloz por suas marginais. Para tanto, não criemos pânico! Vamos linearizar esse rio, oras! E foi no que se investiu e ocorreu. Pronto, primeiro passo dado para o desfile de nossos calhambeques. Entretanto, com esse empurrãozinho do homem mais e mais se adensou o trânsito de São Paulo, e para o conforto e estímulo de se comprar mais e mais carros também. A partir daí, pontes miraculosas foram sendo postas em pé. De todos os tipos anéis, estaiadas além dos túneis e um coqueirozinho ou outro pra disfarçar a massa cinzenta de concreto e de fumaça, coff, coff. Assim, reclamamos, mas na hora seguinte parcelamos o nosso querido bem de consumo sobre quatro rodas.
Ao depararmos com as condições de nossos transportes coletivos, a solução a primeira vista e a curto prazo parece justamente a construção dessas tais pontes e tudo o mais (isso sem falar dos valores gastos investidos). Mas é justamente ai que a porca torce o rabo. É certo que nosso metrô é um grande exemplo comparado às linhas metroviárias estrangeiras. Em contrapartida, nosso metrô parece ser um dos mais curtos. A expansão dessas linhas e números de trens além dos ônibus são indispensáveis para o desafogamento nas ruas. Isso tudo sem falar do aquecimento global, que parece estar longe de ser uma das preocupações cotidianas do homem, a não ser o momento de reflexão frente aos produtos denominados biodegradáveis nas prateleiras dos supermercados. Mas voltando ao assunto, que tal um total flex?


4 Comentários:

Blogger Emily Divino disse...

Que tal uma bicicleta?

9 de setembro de 2008 às 18:45  
Blogger Unknown disse...

texto dinâmico e divertido pra um tema intrigante e altamente polêmico. quem não tem carro, sugere (e impõe) bicicletas. com razão. curitiba é fria como o inferno (sim). e aí? carros elétricos são uma solução? acho q não comprando carro a gasolina já faz uma boa coisa.

29 de setembro de 2008 às 18:54  
Blogger Fernanda Frozza disse...

Bicicleta é para quem é esbelto e não fica ofegante após duas quadras.
Por isso eu ainda prefiro disputar um espaço nos coletivos da Sambaíba e da Gato Preto.

6 de outubro de 2008 às 20:04  
Blogger Ilton Ferreira disse...

A senhorita gosta de mexer em vespeiros, então?
Aguenta o tranco depois, srta. Capobianco?
Certeza???
Espero que sim,pois quando quem nem ainda chegou ao Mercado tiver receio dos "vespeiros", aí sim o Jornalismo tupiniquim entra no que chamam na aviação de espiral da morte! E já está quase lá mesmo,comparando com 20 anos atrás!
Torço para que você e os teus continuem assim, principalmente quando chegarem ao Mercado, onde pressões internas são regra! Continuem assim, Sucesso e Boa Sorte!

3 de novembro de 2008 às 14:24  

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