Já não se faz mais estações como antigamente
Fernanda Frozza
Tinham-se épocas para comprar protetor solar, sorvete, tangerina doce, chinelos e roupas leves. Também épocas para investir no cachecol, em meias, sopa e guarda-chuva. Os vendedores de geladinho sabiam bem que o momento de ganhar dinheiro era de dezembro a fevereiro e que de junho a setembro seria melhor arriscar a venda de chocolate quente na esquina mais próxima.
Hoje, o clima paulistano dribla as previsões meteorológicas e faz em 24 horas o que já fez em 365 dias.
Há menos de uma semana, os termômetros oficiais chegaram a marcar 33,5°C, em pleno inverno, e, após alguns dias, na reta final da estação, a temperatura caiu mais de 20ºC.
Para morar em São Paulo, não basta a paciência para enfrentar o trânsito, é necessário, também, ter pulmões que suportem a montanha russa do tempo.
Enquanto isso, no armário do paulistano, quase nenhuma peça fica fora de circulação, nos hospitais, o aumento do número de pessoas que sofrem com os extremos da temperatura e no bolso dos vendedores de geladinho, maior estabilidade o ano todo.
1 Comentários:
Faz assim, anda com um guarda-roupa no carro e sempre com um guarda-chuva na bolsa ;)
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