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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Quer um lixo de brinde?

Paula Capobianco




Ei, você! Não joga o lixo pela janela não... Pode ser????? Essa seria uma das maneiras mais delicadas pra se pedir esse tipo de colaboração, não é verdade? Mas, um momento! Colaboração? Parece até que estamos pedindo um favor. Só falta dar um brinde para que não se cometa mais. Mas não é que daria certo. Claro que daria. Essa carência de consumo alheio seria muito bem nutrida e satisfeita com uma fofura de brinde! Os olhos até brilham. Olha que essa história de brinde rende e tem tudo a ver com lixo à medida que provavelmente tratar-se-ia de um bem supérfluo e quase que inútil. É como um grande círculo vicioso: compra/ganha dalí, usa/enjoa e joga fora. Mas pela janela não, por favor! E da onde que saiu esse assunto de janela? Você nunca se deparou no trânsito, ou na estrada descendo serra do mar a baixo e o querido companheiro do carro da frente joga aquela latinha de coca-cola ou aquele saquinho de salgadinho mal cheiroso pela janela na maior cara-de-pau? Cúmplice! O que será que passa na cabeça de tal ser humano? - “Ah, 100 mil anos para se desintegrar não é tanto tempo assim” ou “o lixeiro deve passar por aqui mesmo” ou “mais uma comidinha para as minhoquinhas (plástico????)” - Falando sério, qual será a linha de raciocínio dessas pessoas e de onde vem tanta indiferença e egoísmo? Enquanto essa inércia acontece o chorume corre solto. Sem falar dos bueiros entupidos.
O lixo que vai parar no lixão ao menos foi parar para onde foi destinado. Entretanto ocupa e desvaloriza grandes áreas deixando de ser reutilizado por meio da antiga e saudosa RECICLAGEM. O tema já está batido mais a intenção continua sendo a melhor possível. O plástico, um dos materiais que leva mais tempo para se desintegrar e que constitui as garrafas pets (de refrigerantes), hoje já são reutilizadas para a fabricação na produção de vestimentas como camisetas e calçados. Não se trata da última moda muito menos leva a marca mais famosa, mas representa um novo olhar e
mais uma nova possibilidade. Idéias que teríamos que tomar como parâmetro e ponto de partida para novos destinos e novos tipos de reutilização de todo esse “lixo”. Ao menos as grandes empresas deveriam estimular causa por meio de patentes e cada vez mais investimentos. O lixo não é um cão sem dono perdido na rua. Ele tem dono sim, e é quem o produz, o homem. É sua responsabilidade! Não se acomode. As enchentes são apenas uma das provas de que isso tudo é realmente um círculo vicioso e que o lixo que você joga pela janela pode bater na porta de sua casa.

3 Comentários:

Blogger Fernanda Frozza disse...

O engraçado é que para reclamar da sujeira não falta ninguém (e para fazer sujeira, também não).

18 de setembro de 2008 às 17:45  
Blogger Fernanda Frozza disse...

Outro dia vi um cara jogar um coco da janela do ônibus.

REPITO: UM COCO!

6 de outubro de 2008 às 19:54  
Blogger Marcelo disse...

Paula, você já assistiu o documentário do Vik Muniz, Lixo Estraordinário? Acredito que sim, mas se não viu, veja, vale a pena...!

2 de junho de 2011 às 12:17  

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