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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

É sobre vocês



Emily Divino

Eu confesso, saí decepcionada do festival About Us, que aconteceu ontem (28) na Chácara do Jockey. Entre as principais atrações estavam as bandas Dave Matthews Band, Ben Harper and Innocent Criminals, Vanessa da Mata e Seu Jorge.

O evento em prol da ecologia, falhou em muitos requisitos. Ok, sabemos que festivais com várias bandas são complicados, mas faltou infra-estrutura básica. O acesso ao local era horrível, mal sinalizado e se eu não tivesse cortado caminho por conta do trânsito, teria assistido apenas ao último show. Quando pensei que existiria o alívio na chegada à Chácara, estava enganada. O estacionamento que, além de cobrar R$ 30 por carros que estivessem com menos de 4 pessoas (o que foi pouco divulgado), era o que eu posso chamar de barranco. Péssimo para estacionar, mal iluminado, gastei 15 minutos à pé para chegar até a entrada, o que não é pouco para aqueles que estão com pressa.

Perdi as atrações nacionais, Ben Harper já estava no palco. Particularmente, era o mais esperado por mim. Ele foi fantástico, a banda Innocent Criminals é de excelentíssima qualidade, mas o som conseguiu atrapalhar a apresentação. O cantor tem uma característica que não se enquadra muito em grandes eventos (aquela coisa meio luau), mas foi a péssima acústica que me fez ter vontade de pedir para todos pararem de falar, para poder escutar aquela voz tão doce. Sem dúvida alguma, se o show tivesse sido em alguma dessas casas menores de São Paulo, como Citibank ou Credicard Hall teria sido muito melhor. Ben Harper e Vanessa da Mata, cantaram juntos o tão esperado dueto "Boa Sorte", onde a cantora brasileira mostrou claramente o nervosismo e ficou muito prendida.

Dave Matthews Band foram os últimos a subir no palco. A banda se destacou pela qualidade instrumental, todos músicos sem exceção tocaram muito bem e com muita técnica e a acústica do show melhorou um pouco.


Os pontos altos do show foram os próprios músicos. O setor de reciclagem e os telões foram o melhor que a organização do evento nos ofereceu. A saída foi frustrante, mal sinalizada novamente e ironicamente bem suja com papéis espalhados por toda a calçada do local.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Cadê a cidadania?

Thaísa Falcão

É inacreditável, ver nos dias de hoje a importância que damos aos nossos fiéis companheiros do que ao cidadão que passa fome e frio na calçada da nossa casa.
Navegando pelos sites da internet, fiquei pasma ao ler três notícias que me deixaram chocadas em relação a esse assunto.

Não movemos um dedo para ajudar o outro, e não nos damos ao trabalho de tentar melhorar essa realidade se ela não nos atinge, já para enfeitar e paparicar nossos amiguinhos, chegamos ao ponto de comprar até perucas para cães e gatos. Uma loja nos Estados Unidos, chamada Wiggles, especializada nessa essa atividade, lá pode-se encontrar desde perucas de cores chocantes e coloridas até perucas de rastafari. As perucas mais baratas custam por volta de R$ 50,00.
Compramos perucas pra cachorro, levamos nosso Poodle para tomar banho dofurô com sais e essências, gastamos fortunas com escovas de chocolate para Maltês, mais não somos capazes de dar sequer R$1,00 para o garotinho que te pede por um prato de comida. Confesso que não dou dinheiro, prefiro dar um prato de comida, ou comprar algo para dar de comer. Mas alguma coisa faço! Agora, lojas especializadas pra artigos caninos? Docerias, taxis caninos e até motéis? Onde foi parar nosso senso de cidadania? Não sou a favor de maltratar os animais, mas daí deixarmos de ter uma preocupação com o próximo e fazer o bem a outra pessoa, já acho desumano.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Viva la vida

Emily Divino



A banda inglesa Coldplay, lançou em junho deste ano o seu mais novo álbum "Viva la vida". O grupo que agora possuí quatro discos gravados, não se cansa de fazer música boa e surpreender seus fãs.

Viva la vida, segundo Chris Martin, foi inspirado em uma obra de Frida Khalo, contrariando assim as supostas ligações com Ricky Martín. O vocalista ainda afirma, que já esperava que a escolha do nome do álbum, pudesse remeter ao cantor latino.

O aclamado produtor musical deste disco, Brian Eno, juntamente com o quarteto, assumem as fortes influências da recente turnê pela América latina. O CD que já é recorde de vendas, vem com uma "pegada" diferente das anteriores, quebrando, de certa forma, o estereótipo da banda que são letras melosas, voz chorosa, piano e guitarras. Coldplay, de fato, ainda é tudo isso e duvido que algum dia deixe de ser, mas o trabalho em cima da sonoridade de instrumentos diferentes e efeitos musicais, dão novos ares à banda. As faixas "Yes" com violino e o primeiro single "Violet Hill" com riffs pesados e bateria espancada, mostram bem a nova tendência.

Vale a pena conferir a inovação, as letras politizadas e os excêntricos instrumentos de Viva la vida, que soma mais uma obra prima ao grupo.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Marketing político

Fernanda Frozza

É incrível a capacidade que a política tem de me surpreender. Quando eu penso que já vi de tudo, uma nova campanha me dá a certeza de que eu sou ingênua a ponto de achar que não poderia piorar.
Fico imaginando como o marketing político consegue persuadir as pessoas com panfletos, bandeiras nas ruas, adesivos, os hits mais estranhos no rádio e o espaço que a maioria dos candidatos tem na campanha eleitoral “Oi, meu nome é João, 0101. Vote em mim!”.
Alguém vota porque achou um rosto simpático, uma melodia engraçada ou um número interessante?

Imagine!

“Vai votar em quem?”

“No Maluf! Hoje de manhã, quando o sinal fechou, vi uma mulher balançando uma bandeira com um 11 e achei ótimo. E você?”

“Prefeito eu ainda não sei, mas para vereadora meu voto vai para Havanir. Outro dia, na Consolação, vi um carro com uma escultura dela de 2 metros. Genial, né?”

Será que isso existe?

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Vida da cidade

Claudia O'Keeffe



As vezes me pergunto porque morar na cidade é tão difícil. Pessoas transitando pelas ruas enclausuradas no seu mundinho, na sua vidinha, no seu umbiguinho. Compra-se um sorvete e nem contato visual se faz com o moço do caixa. A parada é pegar o sorvete e voltar pro mundinho! Ou até , exemplo banal, você esbarra em alguém, fala " oh desculpa, mal ae" e recebe quase que uma rosnada de volta. O "magina" "qué isso" não exsitem. CLARO que não é uma regra quadrada o que estou falando, nada de verdade absolutas, pelo amor de deus, mas sim algo que chega a ser constante...tipo cotidiano! É o que as pessoas gostam de explicar como "normal, é assim po...o que você quer fazer, bater um papo com a pessoa contando a vida inteira?".... NAO! Não minha gente. O que eu digo é : custa fazer contato visual, dar um sorrisinho (não custa nada e você ainda contagia, repare essa pessoa vai sorrir de volta pra você), diga um "valeu"... no caso do sorvete... Puuts o funcionário está lá, na boa, fazendo um trabalho muito chato, mecânico quase que fordista.... porque não tentar ser um pouco mais simpático com ele? Depois não me venha dizer que o interior é mais acolhedor sendo que você não faz nada pra mudar na cidade.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Ensaio sobre a cegueira (Blindness)

Emily Divino



Transformar literatura em cinema nunca foi tarefa fácil. Com resultados, em sua maioria, decepcionantes, poucos filmes fazem jus aos livros. Tudo aquilo que se tem contato, cria expectativa, já que carregamos preceitos antes mesmo de assistir. Mas o diretor de "Cidade de Deus" e "Jardineiro Fiel", Fernando Meirelles, nos tira toda pretensão e abre exceção à regra com seu novo filme que está em cartaz: Ensaio sobre a cegueira.

Não é a toa que "Ensaio sobre a cegueira" tenha aberto o festival de Cannes de 2008, tampouco que o escritor português José Saramago, tenha concedido os direitos autorais de sua obra literária à Meirelles.

O elenco do filme foi muito bem selecionado, dentre as diversas nacionalidades, temos Julianne Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga, Gael García Bernal, Dany Glover, enchendo de vivacidade e traços marcantes, aqueles personagens que nem ao menos nome têm.

A fotografia de César Charlone é um dos pontos altos do filme. Se o branco nos acalma, aqui ele nos atormenta, tentando tornar tão "sensorial" quanto no livro, a cegueira branca. A música minimalista faz a junção perfeita com a fotografia.

A linguagem cinematográfica do diretor é simples, o que faz de Fernando Meirelles a promessa do cinema, é a sensibilidade; a espontaneidade que ele permite aos atores; o fato de saber expor sua visão do mundo de maneira tão "poética", na qual mesmo quando todos os paradigmas são quebrados e o ser-humano é reduzido ao seu estado mais deplorável, vemos a esperança.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Já não se faz mais estações como antigamente


Fernanda Frozza


Tinham-se épocas para comprar protetor solar, sorvete, tangerina doce, chinelos e roupas leves. Também épocas para investir no cachecol, em meias, sopa e guarda-chuva. Os vendedores de geladinho sabiam bem que o momento de ganhar dinheiro era de dezembro a fevereiro e que de junho a setembro seria melhor arriscar a venda de chocolate quente na esquina mais próxima.
Hoje, o clima paulistano dribla as previsões meteorológicas e faz em 24 horas o que já fez em 365 dias.
Há menos de uma semana, os termômetros oficiais chegaram a marcar 33,5°C, em pleno inverno, e, após alguns dias, na reta final da estação, a temperatura caiu mais de 20ºC.
Para morar em São Paulo, não basta a paciência para enfrentar o trânsito, é necessário, também, ter pulmões que suportem a montanha russa do tempo.
Enquanto isso, no armário do paulistano, quase nenhuma peça fica fora de circulação, nos hospitais, o aumento do número de pessoas que sofrem com os extremos da temperatura e no bolso dos vendedores de geladinho, maior estabilidade
o ano todo.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

E o Projeto do milênio?

Claudia O'Keeffe



Era um dia qualquer, numa semana qualquer, num horário qualquer. De carro, parada no semáforo, ouvindo música, pensava na prova que teria que estudar e na louça que me aguardara em casa (tinha deixado de lavar). Aquele típico cotidiano de uma menina que vive numa bolha de repente é rompido. Como se tivessem brotado do chão, uma criança, absolutamente desnutrida, junto de uma mulher que carregava um bebê, acercavam-se a mim, pedindo esmola.
A cena simplismente me chocou. A começar que o bebê de colo nada parecia ser filho da mulher que o carregava e sim roubado, pois possuía roupas extremamente limpas, estava sadio e nada condizia com a situação precária em que se encontravam a mulher e a criança desnutrida.
Bom, não contribui com a esmola. Percebido o fracasso, o trio andou em direção à outro carro, no qual obteve suces
so...
A situação me deixou a pensar...Acredito que nós cidadãos do 3º mundo, países subdesenvolvidos, ou os agora chamados emergentes (não importa o título), precisamos de oportunidades, não de esmola. Momentos depois me veio na cabeça o Projeto do Milênio, criado pela ONU. No projeto espera-se que até 2015 os MDG ou Millenium Development Goals, que seriam as metas, sejam alcançadas. Entre elas estão fome, educação, igualdade de gênero, saúde infantil/materna, Aids, malária e etc.
As metas do milênio foram criadas em 2000. Já estamos em 2008 e pode-se dizer que o cumprimento dessas metas para 2015 são um tanto quanto ambiciosas, visto o exemplo lamentável mencionado no começo do texto. Ainda hoje, a cada 3,6 segundos ,mais uma pessoa morre de fome; em sua grande maioria, crianças com menos de 5 anos. Ou ainda, mais de 800 milhões de pessoas vão se deitar todas as noites com fome; dentre elas, 300 milhões são crianças.




Acompanhe e fique por dentro do Projeto do Milênio por meio do link :http://www.pnud.org.br/milenio/index.php
Acompanhe os passos da ONU no Brasil:
http://www.onu-brasil.org.br/index.php

sábado, 13 de setembro de 2008

A busca frenética pelo trabalho

Thaísa Falcão

Trabalho. Estágio. Salário. Independência (financeira e pessoal).
Estive pensando durante o trajeto que fazia da estação Vergueiro do metrô até a estação Santa Cecília, minha casa… Será que todo tipo de trabalho é válido ou só aquele direcionado à minha formação acadêmica? Me refiro em relação a crescimento, experiência, vivência, entre outros aspectos. A dúvida se fez após eu conseguir um trabalho que nada tem a ver com Jornalismo.
Todo mundo deseja conquistar a independência financeira, pessoal e a realização profissional. Mas agora, será que alguém formada em Jornalismo alcança isso trabalhando em uma loja no shopping Pátio Higienópolis? Ou numa loja de roupas? Ou então em monitor de formatura? Talvez com trabalhos desses, que não se enquadram no nosso perfil de formação acadêmica, nos tragam sim uma experiência enorme de vida, aprendizado e nos levam sim a nossa independência.
Hoje, a procura constante de um estágio em Jornalismo me levou a perceber como o mercado está bastante fechado, restrito, competitivo e difícil. Quando conseguimos nem sempre nos sentimos satisfeitos. Trabalhamos feito escravos em troca de um mísero salário. Mas ai vem a questão: experiência! É só desta maneira que vamos colocar em prática tudo que aprendemos durante todos os anos de faculdade. É somente desta forma que crescemos dentro do ramo e ganhamos credibilidade e nome para em um futuro sermos reconhecidos dentro da profissão.
Por outro lado, com um trabalho que não se dirige a área jornalística, estou ganhando um salário bom, que me deixa satisfeita e que também está me trazendo bastante aprendizado. Estou convivendo com diversas pessoas, estou tendo que saber lidar com situações que antes não havia passado. Estou tendo o prazer e a satisfação de receber o salário e me sentir competênte por aquilo que fiz. Minha recompensa. E assim, vou buscar sempre crescer cada vez mais, dentro da área que for, pra um dia por dizer: sou independente, conquistei isso por mim mesma!
Então ai continua minha dúvida. O que será mais válido? Deixar um trabalho que me agrade, que me divirta, que me dê um bom retorno, para continuar a frenética busca por um estágio em jornalismo, onde serei um pouco explorada, pressionada, testada e com um salário modesto. Ou deixar como está e levar esse trabalho de um ramo completamente diferente adiante?
É, acho que a dúvida ainda vai pairar por um bom tempo no ar…

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Ei tio me dâ um dinheiro aí!

Emily Divino

As cidades brasileiras têm altos índices de favelização, ameaças ambientais, desigualdade, entre mais outros problemas urbanos que a maioria da população é obrigada a enfrentar.
O crescimento desordenado nos espaços acarreta uma das mais graves situações que é a da favelização. Um levantamento feito pelo Ministério das Cidades nos 5.591 municípios brasileiros mostrou que, pelo menos, 28% (1.519) deles abrigam favelas. Mesmo que a população no país não cresça consideravelmente, os moradores de favelas crescem mais de 7% ao ano, segundo o IBGE. Amontoados com precárias condições apontam para a desigualdade socioeconômica existente no Brasil.
Quem se sente privilegiado por morar em um local onde furacões e terremotos não atingiram, se esquece que existem outras ameaças ambientais gravíssimas. O Ministério da Saúde aponta que os habitantes do país estão adoecendo por conta da poluição do solo e da água.
Não viver e conviver com os problemas sociais leva até a se acreditar que São Paulo, seja apenas a Avenida Paulista, a Oscar Freire ou mesmo a Vila Madalena. A metrópole conta sem dúvidas com infra-estrutura de países desenvolvidos, mas a miséria que deixa em cada esquina pedintes, o monóxido de carbono que diariamente respiramos, o trânsito sem medida e a violência, tornam impossível viver com qualidade de vida na cidade.
Essa problemática urbana cria obstáculos para a percepção do belo e as tarefas rotineiras se tornam árduas para nós.

Comunicação em movimento

Fernanda Frozza

Horóscopo, vídeos engraçados, dicas caseiras, tempo e mais uma vez, horóscopo. Quem usa diariamente a nova frota de ônibus como transporte, conhece bem o entretenimento exibida pela BusTV
.
Os pequenos espaços disputados dentro do coletivo, em horário de pico, dividem-se entre os que assistem paralisados e boquiabertos, os que ignoram e os que reclamam a cada novo quadro.
Óbvio constatar: é quase impossível agradar a todos os passageiros que circulam por ali e é claro que ter uma bomba de informações no caminho do trabalho seria cansativo, mas em qual parte da programação a BusTV colocou as duas primeiras sílabas de infotenimento?
Cada notícia exibida é seguida por imagens dos melhores gols, vídeos curiosos na internet, trechos de cinema mudo e pelo sorriso da apresentadora que gesticula enquanto anuncia o quadro "Os astros falam com você".
Segundo o Datafolha, 95% dos passageiros concordam que é um meio moderno e inovador na comunicação e eu me encaixaria nesse percentual se não tivesse lido pela oitava vez no dia todos os signos zodiacais e suas previsões diárias.


Quer a opinião de outros passageiros? Aqui tem: www.youtube.com/watch?v=u_t_Q3q1DA8&feature=related

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Coincidências não existem

Claudia Okeeffe

Dizem que rir demais dá rugas, que comer carboidrato a noite engorda e que passar embaixo de uma escada dá azar. Como as pessoas dizem! Dizeres e saberes nunca vividos, nunca sentidos.
O orkut pergunta quem sou eu, aí vem aquele monte de dizeres. Há aqueles que lêem uma frase bela e inteligente e assim definem-se, os que se identificam com a letra de uma música e outros que querem ser invisíveis (me pergunto o que essa pessoa faz no orkut, um site de relacionamento, narcíseo, meramente voyeurismo da massa). Pessoas gritam por visibilidade, até aquele tímido com poucos amigos, ou o metido a intelectual, dito auto-suficiente, seguidor dos mais renomados filósofos, poetas da atualidade.
Então, chegam aos meus ouvidos, mais dizeres: “Não acredito que você conhece meu primo?”, “Nossa, já beijei essa garota!” ou “Ele fazia inglês comigo. Que coincidência!”.
UM MINUTO MINHA GENTE! Coincidências não existem. O orkut é a prova cabal disso, o que existe é renda mal distribuída. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios sobre acesso a Internet, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que 79% da população nunca acessou a Internet. Apenas 21% já esteve, pelo menos uma vez, on-line.. A maioria dos internautas em média tem mais de 10 anos de estudo e possuem renda mais elevada. Por isso, a escolaridade e renda estão associadas ao perfil de quem conhece o mundo virtual. Muitas pessoas não têm condições de ter computador, que é um bem caro, assim como acesso à internet.
É tão mágico acreditar que o mundo é pequeno e que as coisas acontecem por alguma razão possivelmente sobrenatural, que eu mesmo me espanto quando me deparo com pessoas em comum na rede orkut. De repente o mais correto seria falar que no Brasil, pais da desigualdade social, o acesso à internet reduz o mundo, uma vez que os únicos a terem acesso a esta são uma minoria.



Para informações mais detalhadas acesse: www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/acessoainternet/defaulttab_hist.shtm

domingo, 7 de setembro de 2008

E se eu ganhasse na Mega-Sena??

Thaísa Falcão


Sábado, 6 de Setembro, 6 e meia da tarde. Lá estava eu fazendo compras em um supermercado e reparei na faixa que estava estendida na lotérica em frente ao caixa: MEGA SENA ACUMULADA EM 26 MILHÕES DE REAIS. 26 milhões?! É muito dinheiro. Logo que vi isso fiquei imaginando como seria meu cotidiano após ganhar um prêmio como esse.
Hoje, estudo, procuro um emprego pra no futuro ter uma condição boa de vida, se eu ganhasse muita coisa mudaria, a começar que minha condição de vida mudaria da água pro vinho, teria dinheiro pra pagar os estudos sem me preocupar, teria uma boa poupança para investir, e poderia realizar alguns dos meus sonhos que envolvem dinheiro, como viagens!
Agora, será que os ganhadores dos prêmios acuulados souberam investir? Fiquei me perguntando isso e vi que tem ganhadores e ganhadores.
Um deles, de Minas Gerias levou um prêmio de 26,5 milhões de reais, e assim que soube que tinha ganhado, esperou uma semana para ir a lotérica buscar o prêmio e levou o bilhete escondido dentro da meia...Continuo trabalhando normalmente e demorou até mesmo pra contar a mulher. Tudo isso seria medo de ser roubado ou perder o dinheiro ganho?
Outro ganhador, herdou um prêmio de 19 milhões, e ao invés de aplicar para mudar totalmente o cotidiano dele, acabou gastando o prêmio ajudando amigos, família e conhecidos, após um pequeno período de tempo, o dinheiro se reduziu a uma quantia de 3 milhões. Ao meu ver, esse ganhador não soube muito bem usar o dinheiro para ajudar sua vida e dar um giro de 180 graus no seu cotidiano.
Depois de imaginar como seria ganhar um dinheiro como esse cheguei a conclusão de que somente ganhando para saber o uso que eu faria do prêmio.

Para quem quiser conferir a matéria do ganhador que escondeu o prêmio, o link é esse: www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u430169.shtml

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

"Como Era Verde Meu Vale"

Emily Divino

Parecia tudo dar errado no sábado, o frio, o sofá e a cobertinha, estavam jogando no time do desânimo. Pronto, bastou um alerta e eles conseguiram deixar em casa, a menina que tantos planos havia feito. Claro, o time conta com a participação de outros jogadores, convida o irmão da garota para entrar em cena e com a principal carta da manga, o filme "Como Era Verde Meu Vale".
John Ford, diretor do longa, que preferiu seguir pela vertente dos faroestes, fez desse filme um clássico da década de 40. O personagem principal, Huw Morgan narra as memórias remanescentes de sua infância na casa de sua família. Cenário fabuloso, País de Gales torna-se ainda mais bonito. Valores como integridade e honestidade têm grande enfoque. A família protestante do protagonista se vê cortejada e também apedrejada pelos habitantes da comunidade, que eram extremamente moralistas. O filme retrata dois vales antagônicos, por um lado, um vale harmônico, que as coisas funcionam bem, onde valores como a moral e a fé fazem parte da família, por outro lado, mostra um vale, na qual a degradação, a miséria e o egoísmo são unânimes na sociedade. E é a mina de carvão que separa esses dois vales.
O diretor futurista, já fazia do seu filme uma espécie de analogia com a modernidade. O vale funcionava bem quando tinha emprego e comida para todos, bastava alguma "crise" ocorrer, para as bases desmoronarem e para um rebelar-se contra o outro.
Existe um ar pessimista e indagador, mas "Como Era Verde Meu Vale" é um ajuntamento de saudosas memórias, que no decorrer do longa-metragem se confundem, tornando o protagonista não tão fictício assim, o que dá a idéia das lembranças serem mesmo do próprio diretor.
Já era domingo quando o filme acabou, a menina comovida com a beleza e sensibilidade do drama, havia esquecido de todos os planos frustrados de sua noite e fora dormir feliz.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

15 minutos de Câmara

Fernanda Frozza

Uma galinha de borracha na mão direita, dois ovos quebrados na cabeça e um pau suspenso pela outra mão. Essa foi a seqüência de imagens que Super Zefa, candidata a Deputada Federal do PT do B, mostrou aos eleitores que assistiam a propaganda partidária obrigatória do Rio de Janeiro em 2006. "Marcou não é? Consegui meu intento, pois foram 5.713 votos, sozinha, sem boca de urna, com 4 aparições apenas na tv!” afirma Zefa.
Nesse ano, a apelação dos candidatos do país parece seguir com a mesma intensidade que na última eleição. As propagandas mal começaram a ser exibidas e Carne Assada, Vassoura, Gilvan KBção e Pirulito já entraram na lista dos que farão rir em 2008.
Além disso, celebridades como Netinho de Paula, Rafael do Polegar e Lacraia são as novidades que se candidataram e já viraram comentários quando o assunto envolve a urna.
A campanha política no Brasil se não desperta surpresa a quem ouve as propostas, traz, no mínimo, o máximo de curiosidade após cada nova maneira de persuasão usada pelos que disputam aos cargos.

Para quem duvida, pode conferir a Super Zefa aos 34 segundos do vídeo: www.youtube.com/watch?v=m6YGK8K9DjI&feature=related